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terça-feira, 20 de outubro de 2009

psicologia e citações

Psicologia Jurídica: história, ramificações e áreas de atuação


LEAL, Liene Martha. Psicologia jurídica: história, ramificações e áreas de atuação. Revista Diversa. Ano 1. Nº 2. P. 171 – 185. Jul./Dez.2008

Biografia

Liene Martha Leal

Graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará - UFC (1991), mestrado em Psicologia pela Universidade de Fortaleza - UNIFOR (1999) e Especialização em Educação a Distância pelo SENAC/CE. Atualmente é professora assistente da Universidade Federal do Piauí. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia Jurídica, atuando principalmente nos seguintes temas: violência, psicologia criminal, abordagem centrada na pessoa e psicopatologia.



Resumo

No presente artigo, a autora procura fazer uma abordagem da história da Psicologia jurídica, que segundo ela ao longo dos últimos anos vem se tornando um dos mais emergentes campos do saber psicológico. Ela afirma que data do século XIX o início do diálogo da psicologia com o direito e relata a evolução desta dialética através inicialmente da psicologia criminal, passando pelo surgimento da criminologia até se chegar ao conceito de Psicologia Jurídica já no século XX, mais precisamente no ano de 1950. Esta aproximação se deu inicialmente, com o surgimento da Psicologia Criminal, em 1868 quando juízes passaram a demandar um auxilio de médicos para desvendar crimes que para eles eram um enigma, pois não apresentavam uma causa aparente e eram cometidos por indivíduos que não se encaixavam nos padrões de loucura da época, além disto, esses crimes pareciam ter como causa a própria razão humana. Com o surgimento da criminologia, em 1875, com a incumbência de estudar a relação existente entre o crime e a pessoa que o comete, ou seja, o criminoso, a Psicologia criminal passa a ter maior destaque e a ser vista como um saber que irá levar à compreensão do criminoso, sua conduta e personalidade. A autora define a Psicologia Jurídica, como uma a área da Psicologia relacionada às práticas jurídicas e a diferencia da Psicologia criminal e da Psicologia forense que são segundo ela, subdivisões da Psicologia Jurídica. Por fim, a autora enumera as várias áreas de atuação do Psicólogo jurídico e afirma que no Brasil a Psicologia jurídica está presente em quase todas as áreas de atuação. Para ela o psicólogo jurídico deve estar apto para atuar nas várias áreas de atuação da Psicologia Jurídica.

Palavras-chaves: Psicologia Jurídica; Psicologia forense; Psicologia Criminal.

Idéias principais

Um dos ramos da Psicologia que mais cresceram nos últimos anos, a Psicologia jurídica vem mantendo um diálogo com o judiciário desde o século XIX quando surge a Psicologia criminal em 1868. O surgimento da psicologia no âmbito da justiça se deu através da publicação do livro Psychologie Naturelle do médico francês Prosper Despine que abordava estudos de casos de criminosos graves da época. Com o surgimento da criminologia em 1875, a psicologia criminal passa a ocupar lugar de destaque, sendo vista como uma ciência que poderia contribuir para a compreensão da personalidade e da conduta dos criminosos, pois poderia colaborar com pesquisas e estudos que poderiam ser feitos com objetivos de, ao se conhecer as causas dos crimes e a personalidade dos criminosos pudessem ser buscadas maneiras de ressocializar esses indivíduos. Para a autora a psicologia criminal é importante tanto para a polícia, quanto para os profissionais do direito penal, pois através dela é possível conhecer melhor os criminosos e seus motivos. Já o termo Psicologia Jurídica, foi empregado pela primeira vez em 1950, com a publicação do Manual de Psicologia Jurídica, de Mira y Lopes, fala sobre o papel da Psicologia jurídica no campo do direito e na tentativa de se compreender como as pessoas reagem em situações conflitantes. A autora define a psicologia Jurídica, como área da psicologia que engloba a aplicação do saber psicológico junto ao direito. Afirma ser o conceito de Psicologia um conceito mais amplo, e que a Psicologia Criminal, a Forense e a judiciária são subconjuntos da Psicologia Jurídica. Por fim, a autora enumera as várias áreas de atuação do psicólogo jurídico, afirmando ainda que no Brasil a Psicologia Jurídica está presente em quase todas as áreas de atuação, porém há uma tendência desses psicólogos jurídicos em se concentrarem na Psicologia penitenciária e nas questões relacionadas tanto à família quanto a crianças e adolescentes, em detrimento de outras áreas como a Psicologia policial militar, do testemunho e na proteção de testemunhas apenas para citar como exemplo e que o psicólogo jurídico deve estar apto para atuar na psicologia jurídica levando em conta os aspectos psicológicos dos fatos jurídicos.

Citações

“Na opinião de Despine, o delinqüente possui uma deficiência ou carece em absoluto de verdadeiro interesse por si mesmo, de simpatia para com seus semelhantes, de consciência moral e de sentimento de dever.” (LEAL. 2008.p.172)

“A partir do final do século XIX, a Psicologia Criminal começou a ser dona do seu próprio destino. Suas investigações realizaram-se com mais freqüência e com um maio rigor metodológico.” (LEAL. 2008.p.175)

“O insight é a capacidade da pessoa para perceber, assimilar, compreender e elaborar a realidade e os acontecimentos em sua volta.” (LEAL. 2008.p.177)

“Para Mira Y Lopes (2008), o modo de percepção da situação seria o fator mais importante de todos na determinação da reação pessoal.” (LEAL. 2008.p.178)

“Concordamos plenamente com a idéia de que não existe um perfil criminoso e sim uma série de variáveis, circunstâncias e determinados contextos que levam estas pessoas ao cometimento de um delito.” (LEAL. 2008.p.180)

http://psicojuridicauna

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