Alguns entraves ainda persistem no trabalho do Psicólogo Perito na avaliação da violência doméstica e, principalmente, uma desmotivação sob a ótica das conseqüências que pouco trazem melhores condições à família vitimada e a reorganização social dos envolvidos.
Se a ótica é de proteção à família, a transferência da pena exclui o argumento, na medida em que a vítima e demais membros do grupo familiar do agente criminalizado serão, por extensão, também penalizados tendo, muitas vezes, que sair de seus lares para que sejam protegidos.
As medidas mais comuns são: ou se tira o agressor, ou se afasta as crianças, colocando-as em instituições por período indeterminado. O tratamento fica para segundo plano.
As instituições que prestam serviços - jurídicos, policiais, de saúde e educação - ainda não contam, em sua maioria, com sistemas de diagnósticos e registros apropriados.
Ainda é uma questão pouco valorizada a lesão violenta que não foi materializada em lesão física, constatável pelo laudo pericial.
A questão da materialidade nos casos de maus-tratos contra crianças e adolescentes sem lesões orgânicas compatíveis é ainda controversa.
Os diagnósticos psicológicos não falam da “materialidade” esperada, tanto que os laudos de avaliação psicológica costumam ser desprezados nos tribunais.
Estes falam de marcas que não são visíveis de forma concreta, mas que nem por isso representam menor dano ao desenvolvimento do sujeito, muito pelo contrário, são danos que, diferente de um machucado provocado por uma agressão física, podem ficar impressos para o resto da vida.
Todos estes fatores, somados ao desconhecimento e temor da sociedade frente à dinâmica das relações intrafamiliares violentas, levam as pessoas (tanto vítimas quanto agentes sociais) a evitar olhar para ela.
Entretanto, é preciso assinalar que, a cada dia que passa, esses aspectos vêm sendo superados, haja visto o número cada vez maior de denúncias realizadas.
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